05 dezembro 2006

A Cacherenguengue in America (ed. 3)

Priceless

No Brasil mandam instalar uma catraca e colocam um “tiozinho” para vigiar.
Para entrar, além de pagar, você precisa dizer o que vai fazer. De acordo com a necessidade é a quantidade de papel que você recebe.

Lá pelas tantas, sempre encosta um chato, metido a malandro, e começa a perturbar.
Embora todo mundo pague, o chato quer usar o banheiro de graça.
Usando todo tipo de desculpa, inventa até doença se precisar.
Alguns pela insistência, outros pela truculência, acabam dobrando o tiozinho.

Entram, urinam no chão, deixam a torneira aberta e usam uma tonelada de papel para secar as mãos.

Para evitar esse “tipo”, nos EUA instalam uma fechadura que abre com uma moeda de 25 centavos. Adeus tiozinho!
Sinto falta do tiozinho contando “causos”, mas já me acostumei.

Estes dias fui ao México à trabalho. Fui de ônibus.
Na volta, fiquei algum tempo na rodoviária esperando o ônibus, e havia um banheiro desses.
Uma cena me chamou atenção, e de certo modo, mostrou um pouco mais sobre nossas diferenças culturais.

Um rapaz estado-unidense, aparentando uns 20 anos, levanta para ir ao banheiro.
Levanta e procura uma moeda no bolso. Procura e não encontra.
Vai até a lanchonete e compra uma gafarra d’água. Pede o troco em moedas, e é atendido.
Guarda a garrafa d’água, parte do troco e vai ao banheiro.
Um senhor vai saindo do banheiro.

O rapaz espera o senhor sair e deixa a porta se fechar. Deposita sua moeda, a porta se destranca e ele entra no banheiro.

O rapaz ainda estava no banheiro quando um senhor latino de aparentemente 40 e poucos anos, chegou à estação para usar o banheiro. Importa comentar que estacionou seu carro (com placas do México) em local proibido e deixou a luz de alerta ligada.

Ele não tem uma moeda na mão, nem dá sinais de que a vá tirar do bolso. Bate na porta do banheiro e espera. Ninguém responde e ele volta a bater na porta, agora já irritado.
Como continua não havendo resposta, ele pega uma moeda e destrava a porta.

Contrariado. Muito contrariado.

Contrariado porque não pode usar de graça um banheiro pelo qual todo mundo paga para usar, e mais um detalhe, esperando que alguém que pagou abra a porta para ele usar o banheiro de graça.

Como diz a propaganda do cartão de crédito...

Garrafa d’água, dois dólares
Xixi, 25 centavos
Agir civilizadamente... não tem preço

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