Futebol, essa coisa ridícula.

Embora santista desde os 4 anos de idade, não acompanho futebol com o mesmo entusiasmo da maioria. Sempre fui "ruim de bola" e isso me afastou naturalmente da euforia coletiva.
Apesar disso, hoje não dá pra não falar de futebol. Não depois do espetáculo tosco oferecido no Estádio dos Aflitos ontem.

Que o torcedor vá ao estádio para hostilizar o time adversário é aceitável.
Xingamentos e etc fazem parte "do jogo". Bombas na concentração NÃO! (mas esse não é o assunto)

A Polícia tem (ou deveria ter) um papel muito bem desenhado, que em momento algum, pode ser confundido com torcer. Por essa confusão de papéis, e pelo inaceitável desejo de aparecer, a atuação da PM de Pernambuco no domingo foi horrível, horripilante, assustadora, tosca e imperdoável.

Não vou questionar os pênaltis que o juiz não deu (segundo os alvi-negros) nem o fato da expulsão ter sido injusta, já que não houve falta.... não vou questionar os aspectos da legislação esportiva... não vou justificar os atos de André Luis. Vamos ao que foi mais grave.

A PM não está no estádio para ver o jogo, muito menos para torcer. André Luis é (até que se prove o contrário) um cidadão brasileiro, trabalhador, pagador de impostos.
Não é bandido, não é foragido, não é procurado. Não estava iniciando um tumulto.
A expulsão é problema do STJD. O chute na garrafa é problema do STJD não da PM. Os gestos obcenos para torcida idem.
A PM poderia atuar se ele tivesse se negado a sair de campo, o que não foi o caso. Aliás, ele foi impedido pela própria PM de descer para o vestiário.

Inaceitável, desastrosa e vergonhosa a atitude da PM.
Prender o jogador e sair pelo meio da torcida do Náutico foi uma temeridade.

Se eu fosse "Curintia" começaria a pensar melhor sobre o jogo de volta da Copa do Brasil.

Precaução nunca é demais.