27 janeiro 2010
Resoluções para o ano-novo
Alguns tomam o cuidado de escrevê-las.
Poucos as deixam em um lugar visível, como um lembrete.
Quase ninguém as leva a sério depois do terceiro ou quarto domingo do ano.
Segundo os estatísticos de plantão, apenas 5% das pessoas as levam até o final do ano.
Se você já "esqueceu" suas resoluções, meu conselho se divide em 4 passos:
1 - não espere o ano que vem para retomá-las;
2 - se não as escreveu, escreva AGORA;
3 - coloque estas resoluções escritas em algum lugar onde você as veja, e onde pessoas que possam te ajudar (ou atrapalhar) também vejam;
4 - comece a levá-las a sério HOJE!
Se você "desisitiu" de suas resoluções, o probelma pode ser:
1 - o tamanho das resoluções - quebre-as em metas menores;
2 - a relevância das resoluções - se não é relevante, risque da lista;
3 - a origem das resoluções - não faça o que os outros vão fazer, nem o que os outros querem que você faça;
4 - seu senso de urgência está exagerado. Procastinar não é a melhor prática, mas Roma não foi feita em um dia...
E lembre-se, boas idéias são como gelo, precisam ser usadas antes que derretam!
21 janeiro 2010
Falar bem e falar bonito
O nível de formalidade é um problema constante.
É sempre mais fácil ser informal com a família, mas com clientes, chefes, fornecedores, funcionários e gente desconhecida em geral é sempre mais difícil achar o tom certo.
Para quem tem jornada dupla, e público tão distintos, como é meu caso, a coisa complica um pouco mais. Outro fator é a constante confusão entre falar bem e falar bonito. Aí a porca torce o rabo.
Das muitas pérolas nascidas do desejo de falar bonito, as mais lembradas costumam ser, "qual a sua graça", "não estou falando consigo" e "a nível de", mas a minha favorita é "eu me permito", que além de tudo mostra aquela falsa humildade típica de quem quer falar bonito e tem orgulho de ser humilde.
Tenho visto esse "orgulho" em alguns vendedores com quem tenho conversado, e em muitos marketeiros com quem tenho negociado nos últimos tempos.
Isso serviu de alerta, e tenho me policiado mais tanto nas vendas quanto nas aulas.
Entre as muitas coisas que aprendi dando aulas de inglês, uma das mais úteis é a regra KISS - keep it simple sweetheart. O foco é ensinar usando a menor quantidade de palavras possível, e que os exemplos sejam os mais simples possíveis.
Tomei a liberdade de trocar sweetheart por stupid para ajudar a memorização.
Escrevi essa regra no meu quadro de metas para não esquecer, e recomendo um hábito que adotei: depois de escrever um e-mail não enviar imediatamente: salvar, esperar 5 minutos e então reler e corrigir.
Ainda assim, vez ou outra, eu me permito algum deslize...
Tabela da Copa
Cheia de trique-trique, você digita o resultado do jogo e ela já atualiza os pontos e vai completando os jogos das próximas fases. Bacana mesmo.
Bacana, mas eu não gostei.
Não gostei e explico: na hora, lembrei daquelas tabelas em papel, que usávamos na década de 80 para acompanhar as Copas. Eram toscas, mas bacanas.
Os debates mais acalorados sempre aconteciam ao redor da dita cuja, aberta no chão ou na mesa do professor, era o centro aglutinador da massa. A confusão era garantida principalmente quando havia duas ou mais tabelas no mesmo ambiente. Sempre havia um resultado (ou vários) lançado(s) de forma diferente entre uma e outra e aí cada dono de tabela se arvorava em dono da verdade. Somava-se a isso o fato de ninguém conhecer profundamente o regulamento.
Era divertido ver a confusão que se armava, principalmente porque se mantinha certo nível de civilidade.
Hoje com a Internet e as redes sociais não há motivo para uma tabela em papel, e mesmo a versão eletrônica perde um pouco do charme. Hoje, as discussões não precisam do papel, da dúvida. O ego inflado basta.
Sobra ego, falta civilidade e as discussões cada vez mais se parecem com brigas.
A tabela de papel faz falta.
As árvores agradecem. A civilidade lamenta.